Aulas restantes da Semana de 25 de agosto:

28 de agosto (quinta-feira):

Enfermagem 2 período: http://www.4shared.com/file/59410450/500dfefd/Far19e26ago2008.html

Biologia 8 período: http://www.4shared.com/file/60696170/2734a9b2/Inflamacao.html

Biologia 6 período: http://www.4shared.com/file/60696507/f118020a/CiclosBGQbiodegradacao.html


29 de agosto (sexta-feira):

Fisioterapia 2 período: http://www.4shared.com/file/59410450/500dfefd/Far19e26ago2008.html

Enfermagem 2 período: continuação da aula de quinta-feira

Biologia 8 período: http://www.4shared.com/file/60696971/5e20c89c/MHC.html

BACTÉRIA NA MÍDIA II

Se para cada surto de infecções bacterianas ou virais eu escrever um POST, esse blog vai virar um livro. A bactéria da vez nos noticiários é a listéria, termo aportuguesado para Listeria, no caso canadense: L. monocytogenes.
L. monocytogenes é uma bactéria Gram positiva em forma de bastão (nem sempre vista assim ao microscópio, pois é pleomórfica), possui metabolismo facultativo e é encontrada em diversas amostras ambientais e oriundas de animais de sangue quente (bois, ovelhas e coelhos, principalmente). Em grande parte dos surtos, o alimento contaminado é carne ou embutidos, mas essas bactérias já foram encontradas em água, leite e ovos (e seus derivados).
A bactéria cresce bem em meios complexos, mas é favorecida quando inoculada em Ágar Sangue após crio – enriquecimento (o produto a ser analisado é mantido a 4ºC durante alguns dias). O crio – enriquecimento desfavorece o crescimento de outros microrganismos que estejam contaminando o produto junto com a listéria.
Em relação à infecção por listérias, os adultos não são geralmente afetados, mas em alguns casos – principalmente imunossuprimidos - L. monocytogenes pode chegar a um quadro de bacteremia e meningite/encefalite, além de gastrenterite, já que a via mais associada à contaminação é a partir do trato gastrintestinal.
Uma vez não controlado o processo de produção e limpeza dos alimentos, resta tratar os pacientes infectados com associação de uma penicilina e um aminoglicosídeo, geralmente ampicilina e eritromicina, respectivamente. Em alguns casos pode ser administrado também sulfametoxazol-trimetoprim.

Saudações,
Prof. Paulo Rocha Jr.

Outras aulas da semana de 25 de agosto de 2008:

Aulas de 26 de agosto:

Farmácia 4 período: está junto com a aula passada

Biologia 8 período: http://www.4shared.com/file/60410679/374b285/Sistema_Complemento.html

Aulas de 27 de agosto:

Farmácia 6 período:
http://www.4shared.com/file/60313399/948cc2b6/Elisa2008.html

Farmácia 2 período: http://www.4shared.com/file/59410640/4a921bd2/DefesaInata19ago.html

ALERGIA ou INTOLERÂNCIA ?

Uma pergunta freqüente nas aulas de Imunologia é sobre alergia ao leite (de vaca, na maior parte das vezes). Existe alergia ao leite de vaca? A resposta é sim, mas nem todos os casos diagnosticados como alergia são realmente ALERGIAS.
O que chamamos de ALERGIA são as respostas do sistema imune chamadas de SENSIBILIDADE e HIPERSENSIBILIDADE (este último o mais utilizado e apropriado). Existem vários tipos de Hipersensibilidade, mas a mais comum é a do Tipo I, as Hipersensibilidades mediadas por IgE (um anticorpo reconhecido por mastócitos). As anafilaxias e urticária são exemplos clássicos de Hipersensibilidade do Tipo I.
As substâncias que desencadeiam essas alergias possuem o nome de alérgeno (pólen, esporos de fungos, pelo de animais, artrópodes e substâncias encontradas em alimentos). Entre os alérgenos alimentares: LEITE, OVOS e AMENDOIM merecem um destaque maior, já que grande parte das crianças até 3 anos de idade são alérgicas a esses produtos e alimentos preparados que possuam o alérgeno entre os ingredientes.
INTOLERÂNCIA é impossibilidade de um organismo suportar uma determinada substância, independente da resposta imune.
Para elucidar o problema, eis um exemplo:
Se analisarmos o alimento LEITE DE VACA será encontrado em sua composição duas substâncias: LACTOSE (um açúcar) e CASEÍNA (a proteína do leite).
Se uma criança (Alex) entra em contato com o leite de vaca e essa criança produz anticorpos (IgE) contra a caseína, essa criança é considerada alérgica, pois ela é capaz de ter uma reação de Hipersensibilidade a partir de um componente do Leite.
Uma outra criança (Bia) não possui as enzimas necessárias para digerir a lactose. A lactose que não é digerida pelo corpo humano é utilizada pelas bactérias encontradas no intestino de todo ser humano, promovendo o aumento do número dessas bactérias no intestino de Bia.
Os sintomas de Alex e Bia são muito parecidos, mas o diagnóstico dos dois são totalmente diferentes:
Alex possui Alergia ao leite (tem hipersensibilidade à caseína);
Bia possui Intolerância à lactose – ou Intolerância ao leite (é incapaz de digerir lacose).
A parte mais importante disso é que Bia pode ingerir alimentos derivados de leite de vaca que não possuem lactose e Alex não.
Mais dúvidas? Mande um comentário.
Saudações,
Prof. Paulo Rocha Jr.

Aulas 25 de Agosto:

Farmácia 6 período:
http://www.4shared.com/file/60313286/1cea8451/Chocolate2.html

Artigo Fermentação Cacau: http://www.4shared.com/file/60313153/db68b0ca/1477.html

Nutrição 4 período:
http://www.4shared.com/file/60313399/948cc2b6/Elisa2008.html

Invasões Brasileiras (Bárbaras)

Antes de começar a falar sobre esse assunto (comércio de cerveja), gostaria de me desculpar pelo atraso das aulas, mas fiquei sem computador de quinta para sábado (ontem).

AMBEV ou INBEV? Eis a questão! Em 1999 ocorreu a fusão de duas grandes indústrias cervejeiras nacionais, a Brahma e a Antarctica, formando a maior indústria cervejeira da América Latina, a AMBEV. Até essa data, a maior produtora de cerveja no mundo era a estadunidense Anheuser-Busch (guarde o nome dessa fábrica), que produz a famosa Budweiser.
Até o ano de 2004, a AMBEV cresceu e firmou parcerias com outras indústrias da América do Sul, como por exemplo, a Quilmes da Argentina (a maior produtora de cerveja de lá).
Em 2004, uma fusão gigantesca ocorre no mercado mundial de cervejas. A indústria belga INTERBREW (Stella Artois entre outras) se junta ao grupo AMBEV gerando a maior empresa do ramo no mundo, a INBEV. Acha que essa história acaba por aqui? Ainda não.
O ano de 2008 está aí, com ele também chegam várias desconfianças econômicas sobre os EUA. A Anheuser-Busch, aquela... a maior do mundo do século passado, lembra? Pois é, ela é comprada pela INBEV que agora é a maior indústria de cerveja do mundo. Se imaginarmos somente o mercado de cerveja mundial, isso já seria algo muito grande; agora, tentem imaginar que essa empresa detém, além de ícones mercadológicos (Antarctica, Brahma, Quilmes e Budweiser), produtos como: refrigerantes, águas minerais, sucos, isotônicos e energéticos. É um mercado difícil de imaginar.
Voltando à cerveja, ainda escreverei neste Blog sobre esse produto pelo qual o povo bárbaro criava guerras e que tanto interessa aos brasileiros (pelo consumo e financeiramente).

Até mais,
Prof. Paulo Rocha Jr.

Aulas da Semana (18 a 22 de Agosto)

18/08/08
- Farmácia 6 Período:
http://www.4shared.com/file/59409736/ad1a242d/Alimentos18ago08.html
- Biologia 6 Período: transparências

19/08/08
- Farmácia 4 Período:
http://www.4shared.com/file/59410450/500dfefd/Far19e26ago2008.html
- Biologia 8 Período:
http://www.4shared.com/file/59410640/4a921bd2/DefesaInata19ago.html

20/08/08
- Farmácia 2 Período:
http://www.4shared.com/file/59410817/a31f573e/Imuno20ago2008.html
- Farmácia 6 Período: continuação da última aula

21 e 22/08/08
Não poderei ministrar aulas nesses dias.

Mycobacterium abscessum e lipoaspiração

Nos últimos dias, não se fala em outro assunto nos noticiários e revistas televisivas: Lipoaspiração e micobactérias. Primeiramente, o termo “micobactérias” abarca todas as bactérias do gênero Mycobacterium, incluindo as bactérias causadoras de hanseníase e tuberculose. Diferentemente de M. tuberculosis e M. leprae, as micobactérias associadas às contaminações nos procedimentos de videocirurgia e lipoaspiração não estão associadas a doenças muito conhecidas e, portanto, acabam “negligenciadas” pelos livros de Microbiologia.
M. abscessum é uma bactéria associada filogeneticamente às bactérias causadoras de lepra e tuberculose. Possui crescimento rápido e é encontrada normalmente em amostras ambientais como solo, água e ar. Felizmente, é muito difícil um indivíduo se contaminar e ter uma infecção através de uma contaminação ambiental.
Em contra-partida, a infecção (após contaminação, lembrar que não existe geração espontânea) causada por esse tipo de bactéria em ambiente HOSPITALAR após procedimentos cirúrgicos é bastante relatado na literatura. Normalmente a infecção está associada à utilização de material cirúrgico mal esterilizado e falta de higiene dos profissionais de saúde envolvidos no procedimento.
O diagnóstico necessita de confirmação do agente infeccioso, pois o tratamento é específico e combina diferentes antibióticos por um período prolongado de tempo.
A prevenção está na utilização de material estéril e não na utilização de material simplesmente desinfetado. Explicação: os procedimentos de esterilização garantem a ausência de microrganismos no material, enquanto a desinfecção somente diminui a população de microrganismos.
Saudações,
Prof. Paulo Rocha Jr.

Artigos:
M. abscessum em infecções hospitalares:
http://www.4shared.com/file/58778344/2123b975/3132.html

Micobactérias em infecções hospitalares no Brasil:
http://www.4shared.com/file/58778090/91a6bd78/850.html

Sejam bem-vindos

Caro visitante, resolvi montar este Blog no intuito de oferecer um serviço diferenciado na internet. Vivemos hoje num mundo rápido e informatizado, onde praticamente todas as pessoas (e todos os meus alunos, sem exceção) possuem um endereço eletrônico, o tal e-mail. Essas pessoas (óbvio que incluo meus alunos aqui também) passam grande parte de suas vidas enviando e recebendo dados pela internet, em comunidades de relacionamento, chats, messengers ou simplesmente visitando sites em busca de conhecimento e diversão.
Esse projeto visa oferecer aos alunos e ao visitante em geral um conteúdo cientifico selecionado com informações discutidas e opiniões sobre Microbiologia, Imunologia e Biotecnologia. Em meus artigos divulgarei também notícias e descobertas acerca do mundo microbiano, além de disponibilizar minhas aulas em formato PDF.
Peço desculpas quanto à lentidão do envio das aulas, pois estou aprendendo a viver neste mundo chamado WEB 2.0.
Sejam sempre bem-vindos,
Prof. Paulo Rocha Jr.

P.S.: Já está disponível a aula sobre Biossegurança, basta acessar o link abaixo e baixar (o arquivo está hospedado no 4shared):
http://www.4shared.com/file/58699354/f4e88295/BIOSSEGURANA2008.html